Melbourne ou Sydney: uma espécie de rivalidade Rio X São Paulo ou Brasil X Argentina divide as opiniões sobre qual das cidades australianas vale mais a pena visitar, ou até mesmo se é válido conhecer as duas. Mas afinal, qual a melhor escolha? Embora veja que é muito comum compararem essas duas metrópoles o tempo todo, na minha opinião a resposta certa para esse “duelo” vai depender muito do estilo de vida e de viagem que cada um preferir.
Eu, particularmente, prefiro Sydney porque é cercada de inúmeras praias e porque tem uma vibe com mais opções de atividades ao ar livre. Lá, muitas vezes tive a sensação de estar em um “Rio de Janeiro”, onde as pessoas fazem churrasco ao ar livre, trilhas e esportes nas praias. É um ambiente muito parecido com o que vivo por aqui.
Mas se fizermos a mesma pergunta para um paulista, talvez ele prefira Melbourne: uma cidade mais formal, mas que também tem muito charme; umas das suas maiores belezas do planeta é a Great Ocean Road, com seus doze apóstolos. Além disso, traz museus, galerias de arte, e a cidade respira cultura. Seu calendário anual de eventos é comparável ao das grandes cidades europeias, sendo que com uma vida noturna mais animada e agitada.
Outras diferenças entre as duas metrópoles é que Sydney costuma ser mais quente, enquanto Melbourne tem temperaturas mais amenas, parecidas com as do sul do Brasil; Melbourne também tem um custo de vida mais barato, além de ser mais organizada, com um sistema de transporte mais eficiente.
O curioso, porém, foi que quando estávamos lá, fomos surpreendidos com um calor de mais de 40 graus e, por isso, mudamos a programação: resolvemos ir a St Kilda, onde fica a praia de Melbourne, e tivemos uma grata surpresa porque simplesmente amamos! Com o calor que estava fazendo, só mesmo uma boa praia cercada de muita água para nos refrescar daquele calor.
Quando ir a Melbourne
Melbourne pode ser vista o ano todo, já que não existe uma estação chuvosa, especificamente. Aliás, as chuvas são bem distribuídas ao longo do ano, mas a média anual é de 14 graus. É uma cidade que tem suas estações bem definidas: ou seja, faz bastante calor no verão (tanto que pegamos 41 Cº) e bastante frio no inverno, chegando a 5 Cº graus. No verão, os parques e praias ficam lotados de pessoas nas ruas aproveitando seus parques e a vida ao ar livre.
A cidade tem uma característica muito curiosa: ela pode amanhecer fria, e ir aumentando a temperatura ao longo dia, ou vice-versa. Isso porque o que mais varia lá são as horas de sol. De abril a setembro, não são mais que 6 horas de sol, enquanto no verão, às 20h ainda está claro. Na minha opinião, novembro, dezembro e março são os melhores meses, mas da próxima vez que voltar, repetiria a dose e iria no verão ou na primavera.
Quanto tempo ficar em Melbourne?
Melbourne é uma cidade que dá para conhecer em dois ou três dias com as crianças, porque relativamente não é grande. Porém, recomendo gastar um tempo percorrendo seus parques, galerias, museus e até as praias. A cidade tem várias “lane ways“, ruas pequenas que foram reformadas para receber os cafés abertos, desses de sentar na rua e aproveitar no melhor estilo parisiense.
Hospitais em Melbourne
Como em qualquer lugar da Austrália, o atendimento de saúde é nota mil. Não precisei usar, mas o Royal Children’s Hospital me foi muito bem recomendado, assim como o Saint Vincent Private s Hospital.
Compras em Melbourne
Não vá para Austrália com a mesma ânsia de compras que se vai para os Estados Unidos, pois você vai se decepcionar. Os melhores lugares para comprar em Melbourne são as ruas mais famosas, como:
- Bourke Street, que tem lojas como Adidas, Zara, David and Jones e Myer
- Elizabeth Street
- Swanston Street, com museus, lojas de souvenir e lojas mais desconhecidas com bons preços
- Flinders St e a Collins St, que ficam localizadas no centro e tem as lojas mais top; quem curte eletrônicos vai amar!
Além disso, tem os centros comerciais, como o Melbourne Central, o Block Arcade e o Royal Arcade, que valem uma visita. Algumas dessas ruas são fechadas para carro, mas tem que ficar alerta porque por ali passa o bondinho.
Outro bairro onde vi coisas lindas para compras mas considero mais alternativo seria o Brinswicky e o Fitzroy, que têm uma pegada mais vintage, com vários estilistas locais muita criatividade, ideal para quem tenta fugir daquele padrão das grandes magazines.
E, para quem busca outlets, o DFO South Wharf é uma opção fechada bem interessante, com várias marcas bacanas.
Como chegar a Melbourne
Assim como para Sydney, a melhor forma de se chegar em Melbourne é voando pelo Pacífico. A LATAM, desde 2016, faz o voo de mais longa duração da sua frota seguindo o itinerário Santiago x Melbourne. Porém, um voo passando pela África ou Dubai também pode ser uma alternativa.
Se você for a partir de Sydney, também consegue chegar a Melbourne de diversas formas. Dá para ir de ônibus em uma viagem de 13 horas; de trem, levando umas 11 horas, ou de avião, com voo que dura pouco mais de 1 hora.
Optamos pelo última opção, mas ao chegar no aeroporto, que fica a 22 quilômetros da cidade, preferimos pegar um táxi. Muita gente pega o skybus, que faz o trajeto aeroporto até a estação de Southern Cross, e de lá pega um táxi para o hotel.
Uma coisa é certa: depois da nossa viagem por essa cidade incrível, ficou muito fácil perceber por que ela foi eleita, por seis anos consecutivos, a Melhor Cidade do mundo para se Morar pela The Economist Intelligence Unit.
Mas ainda quero compartilhar muito mais com vocês: confira a seguir Onde Ficar em Melbourne com as melhores dicas de hospedagem Kids Friendly para quem vai passear com a família. Vamos nessa?